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A pirofagia da emoção

Posted by Gustavo Pitwak on 11:59

O semblante de uma criança sem alegria é como a agonia muda de um pobre morador de rua, mas se percebermos por dentro, elas existe uma imagem que grita por dentro como figuras do expressionismo. E como é triste não nos preocuparmos com elas, na quais estão aprendendo desde cedo que se podem aprender as lições de vida de formas muito mais cruéis, e assim a sociedade esquecendo do alicerce da nossa sociedade, e planejando um futuro sem fundamento, projetado ao vácuo de nossas ignorâncias, que relevam a vida humana, é como se quisessem colher os frutos sem antes regar as mudas.
Desejo intensamente saber quando renasceremos em ideologia, sair da mediocridade de opinião, pregados em uma sociedade que se avilta a si mesma.
Pergunto-me repetidamente pelo que nunca respondem, não consigo ver na televisão, nem nas mais profundas reportagens e pesquisas, quando o espelho vai deflorar as respostas, e refletir a nossa face criminosa em cima dessa culpa.
O capitalismo nos tem suprido de maldade, é um banho de sangue, e um materialismo que desvaloriza o conceito humano. Eu não queria invernar sozinho naquelas garrafas de melancolia, deitado á companhia de Marx e Orwel cumprindo uma promessa social, tentando desmembrar da liturgia religiosa, distribuindo a culpa em “lá e cá”, ou pesando a solução em Alá.
Eu vejo o rodopio das luzes à noite, a náusea da grande cidade fazendo do movimento das grandes massas, o incessante trânsito andando pra tantos lados e ao mesmo tempo ninguém indo pra lugar nenhum.
Eu vejo o malabarismo de pequenos garotos no luminar do semáforo e dos faróis dos carros, enquanto para eles nenhuma luz no fundo, a oferenda da pouca esmola, e o forte cheiro de cola e a perceptível ausência de escola.
O que mais é desgastante é ficar fitando a impetuosa feição dos porcos burgueses, encarando a situação de cima, se distanciando da sua consciência gorda e pesada, a nata social que reprime e sufoca que só sabe punir com facilidade, com um simples olhar, sem se por no lugar do próximo.
O que vejo lá no fundo, é tudo como um grande circo, na frente tem uns dois ou três cuidando da bilheteria, com toda grana nos bolsos, enquanto dentro do picadeiro, embaixo da lona e no calor, tem muita gente se equilibrando na corda bamba, e aquele sujeito rodopiando e brincando com fogo, fazendo desenhos de luz. Alguém tentando fazer palhaçadas pra descontrair a tensão, mas continuo com náuseas de toda essa pirofagia, e meio que me sentindo como um daqueles animais selvagens do circo, presos em um cativeiro para o qual não nasci, sem poder rugir pela selva afora, proteger a minha floresta.
(Gustavo Pitwak)

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Enquanto tivermos azul anil

Posted by Gustavo Pitwak on 10:24

E quando falávamos de liberdade? Cadê os hippies, naturalistas, e nudistas? Naturalismo virou sinônimo de maconha, e as “bundas comerciais”, na praia ou mesmo em propaganda de cerveja.
E quando se gritava por democracia? Os “caras pintada” foram uma espécie de neurose? Porque nosso caríssimo Fernando está em Maceió, e agora nossa cara pintada, só se for de palhaço.
E quando queríamos terras para plantar? O MST se descontrolou pela ganância também? A geração de agora não entende os princípios do movimento de anos atrás, não é Inácio?
E quando exigimos os valores nacionais? Esquecemos de começar por nós mesmos.
A música popular brasileira tenta respirar, enquanto a cultura pop estrangeira inunda as orelhas brasileiras.
E quando tentamos manter a cultura do país? Nós inundamos de fetiches internacionais? Ninguém veste mais verde periquito, nem amarelo ouro, só azul ou vermelho Bush.
E quando se criam varias leis e emendas? Elas não saem do papel ou vão pra gaveta? Burocracia para fazê-las, incompetência e irresponsabilidade para aplicá-las.
E quando se tentava combater o desemprego? Agora os mendigos se espalham pela cidade? Medidas criam empregos, mas aumenta-se impostos até empresas falirem e botarem mais gente na rua.
E quando se imaginava uma educação de qualidade? Os alunos picham e rasgam os livros? Um desinteresse de dois lados pela educação. Reciprocidade?
E quando pensávamos em constituir família? O casamento virou brincadeira? Divórcio em alta, não me admira se a aliança for brinde de pacote de salgadinho.
Um grande país cheio de dúvidas, ou feito delas, e que são respondidas com mais incertezas.
Talvez isso represente algo positivo, se tornar as barreiras atuais como um modelo de desafio, com um governo de frente evolucionista, que acredite na interligação das nações como progresso de um todo, somos uma imensa soma de culturas e biodiversidade.
Não podemos ficar a mercê dos interesses de burgueses e seus ego-idealismo, temos uma grande nação, porém uma economia verde, querendo ficar amarela e madura, mas que em tempos de inflação e crise mundial infelizmente a conta de muita gente fica em branco, mas pense positivo e seja otimista, saia pra fora de casa, respire ar fresco, ainda tem um lindo céu azul ainda, são as cores do nosso Brasil.
(Gustavo Pitwak)

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Café com laranjas

Posted by Gustavo Pitwak on 09:18
Há uns dezoito anos atrás, eu fui apresentado a um dos sabores (prazeres) mais diferentes que já senti na vida, o café.
A primeira vez foi em uma pequena dose, servida em uma xícara de café, mas instante depois, interessado pela bebida, e maravilhado com seu gosto amargo e quente e indignado como isso poderia causar dependência, e ainda assim aguçar o raciocínio?
Mesmo sendo pequeno, sempre achava uma maneira de beber um pouco mais, mesmo que escondido, ainda mais depois de descobrir que estimula ao raciocínio, “- não estou fazendo uma analogia do café a um dependente químico, que isso fique claro desde já”.
Lembro me que da mesma forma aconteceu quando me deparei pela primeira vez com o conceito “capitalismo”, ainda era novo, mas me trazia também a mesma dúvida, de que, como um sabor amargo pode mesmo assim trazer tanta dependência?
Mesmo com quase vinte anos saboreando o café, não me tornei um especialista nele, nem mesmo hoje sabendo distinguir o arábico nacional, do colombiano ou outro importado qualquer, tendo no mínimo minhas preferências, separo bons de ruins, que às vezes nem sempre é o mesmo do agrado para outro. Imaginei que igualmente ocorre na sociedade capitalista, não se tem com precisão como separar bons de ruins, ao menos com tanta convicção, não se tem como formar um bestiário completo, acusar daqui e punir acolá, é um sistema de exclusão, então o maldoso pode ser apenas um bem sucedido no sistema, ou não? Ou sim? Quando falamos de nações imperialistas, como Estados Unidos, ou de países como o Brasil, em ascensão para o desenvolvimento, sopramos pelo lado da hipocrisia política, digo isso porque é claro que existe uma defesa explicita, jogos de interesses, com apertar de mãos frias e metódicas, discursos ensaiados, gestos previamente calculados, e canetas aguçando acordos internacionais pelo bem do progresso e da economia global, resumindo “diplomacia”.
Estimava ser veterinário quando menino, pensando no bem dos animais, em prol da causa deles, mas logo depois, pesquisando um pouco mais, descobri que não se poderia se basear só nisso, e que existiam outras formas de ganhar dinheiro fazendo algo que gostasse, e assim hoje fico imaginando que assim deve também pensar um político em inicio de carreira, entram pelo bem da sociedade (ao menos é a base campanha), mas no final descobrem outras formas de ganhar dinheiro, e que princípios nem sempre somos nós que os moldamos, e que índole e honestidade são coisas de altruístas.
Em todos os campos profissionais ou grupos sociais existem algum tipo desvio de conduta, alguma tipo de pratica ilícita, isto tudo porque a competitividade e a busca capital nos leva a vertigem, é um sistema que estima pela unidade, pela realização pessoal, isso significa que não pelejamos pelo pluralismo, isso é apenas um pretexto, desta forma vivemos em sociedade pela busca individual, “- que irônico, não?”.
O jornalismo que hoje vive de uma sede por resultados, faminta por fatos, grandes noticias, se perde da linha inteligente e acabam desaguando no sensacionalismo de pequenas causas, com certa redundância, ou se prostituindo em boatos e ficção.
A política se argumenta na conjuntura social, mudanças que tragam benefícios para o bem em comum. De um lado direitistas de outro esquerdistas, cpi para investigar sanguessugas, mensalão, dólar na cueca, políticos se defrontando (digladiando) em Brasília em sessões, expondo as mais difundidas idéias ocas, isso porque só ficam no papel, a não ser as taxas tributárias e orçamentos públicos, que parecem “bolo de casa de vovó”, cresce que é uma beleza.
O sistema privado possui grandes empresas, muitas delas quando não sonegam de maneira absurda, conseguem uma licitação pública suspeita e superfaturam, isto sem falar em laranjas e lobistas.
Sempre lembro de uma certa vez, em uma conversa informal no escritório de meu tio, ele reclamando da tributação exclamou: “- Ainda bem que os políticos dormem, é o tempo que nós temos para tirar o nosso”, verdade seja dita, imagine o que seria de nós se ficassem acordados vinte quatro horas por dia?
Deixo aqui então meu apelo final, as nobres copeiras do senado, prefeituras e demais recintos políticos: “- Por favor, reduzam o café!”.
(Gustavo Pitwak)

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Extinto de extinção

Posted by Gustavo Pitwak on 09:31
Ando com vontade de sair da cidade, sair do Estado, seguir em estrada até minha terra, queria não mais ver este trânsito, nem ouvir esse barulho de caos, não de metrópole, mas esse barulho de gente falando, sobre seus “egos”, exaltando suas ostentações, afirmando seus rancores. Acho que pensando assim às vezes teria de fugir do mundo.
Queria um pouco mais de simplicidade, mas eu mesmo me cobro involuntariamente mais e mais, sem me culpar. Eu queria poder sair com os amigos, mesmo que fosse pra conversar, tomar uma erva-mate tererê.
Gostaria de encontrar alguém, pra poder desabafar toda essa incoerência dos hábitos humanos. Certa vez até me deram uma dica dizendo: “você precisa acreditar em alguma coisa, ir a uma igreja, sei lá”, aquilo me soou estranho, mais especificamente este “sei lá”, como se fosse assim, “procura alguma coisa, qualquer coisa”, a fé hoje parece tão simplificada, e comercializada como a qual se oferecem um canapé “pega um”, naquele momento fiquei pensativo, fui indagado á um profano herético, acredito em Deus como uma força superior a tudo, no mais, não tento ficar criando teorias mágicas pra explicar ou persuadir pessoas e mover multidões. Nunca na minha vida me confessei, já é tão difícil acreditar nas pessoas que se pode olhar nos olhos, imagine nas que ficam por trás de um confessionário.
Estou desanimado com esse excesso de hipocrisia, instituições que dizem ajudar, governo que diz construir, igrejas dizendo salvar e até curar, tudo se aproveitando do sussurro desesperado dos humanos, procurando a salvação das suas próprias cabeças. Eu me preocupo com o mundo, mas não me importaria se as catástrofes ficassem mil vezes mais potencializadas sobre o homem, especialmente sobre os paises que praguejam o planeta, afinal “aqui se planta, aqui se colhe”, e nem seria de mau gosto, se voltássemos a uma era glacial, ou, nos tempos das cavernas, quem sabe? Desde aqueles tempos as civilizações passaram por mutações, e evoluções sociais, e logo econômicas, mas nunca um conceito primata poderia expressar melhor o modelo de coletividade, aonde existia uma terra para todos, com grupos (não classes), onde uns plantavam, uns colhiam, outros caçavam, e independente da sua ocupação ou posição social, todo o processo era para beneficiar a todos.
Não defendo bandeiras, ninguém veio deste país, daqui ou dali, todos vieram perante um extenso processo de evolução genética, que diferenciou aparentemente alguns de outros, o difícil é acreditar que mesmo provendo de raciocínio e inteligência, diferente de quase todas as espécies, e que por extinto de reprodução criamos o “amor” e a “família”, por extinto de materno criamos a “infância”, só não entendo, porque se por extinto somos animais que vivemos em grupos e sociedade, existe tanta desigualdade social no mundo, ironicamente deve provir do extinto assassino.

(Gustavo Pitwak)

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Espelho dos inocentes

Posted by Gustavo Pitwak on 09:21
Se existirá um dia um julgamento, será diante ao espelho, ao olhar-se o réu em sua totalidade refletida no espelho dos inocentes, perante o que fez, não existe culpa maior do que a própria imagem, aparentemente pode tentar enganar-se, pode tentar seduzir com idéias, e concepções do idealismo hipócrita, mas nunca falha, pois pune a mente, que é já tão fadada a recriminações.
O homem não acaba com o desumano, porém este o acaba, superficializando o pensamento em nossa sociedade, diferente dos séculos passados, dos grandes inventores, compositores, cientistas e escritores. Mesmo considerando que hoje atingimos um ponto de saturação, o homem pós-moderno se escora na facilidade tecnológica, prostituindo o raciocínio cientifico, que atualmente não duram mais do que uma entrevista, reportagem de jornal ou duas páginas de revista.
As tecnologias são montadas para facilitar nossa vida, mas com o fácil acesso perde se a qualidade da informação, e não se usufrui para a formação intelectual, e sim para criar mais comodidade, na garantia de estar atualizado.
Quando se para e pensa, mesmo que pequenas coisas cômodas, elas formam juntas o conjunto de nossa imobilidade, tanto física como mental dos indivíduos, não subimos mais escadas, usamos elevador, não calculamos de cabeça, usamos calculadora, não andamos mais ao ar livre, vamos à padaria de carro, nem o vidro do carro a gente roda mais pra abaixar, é elétrico, não pensamos mais, assistimos tv e lemos revistas.
Nesse ponto é importante ressaltar que o homem hoje não busca suas respostas na religião ou antropologia, a maior busca dele é por seu ego, o consumismo explicito, vencer hoje em dia, significa ter mais que o outro, ou melhor. A maioria das pessoas acha que estão navegando rumo ao progresso democrático e pessoal, enquanto isso o grande navio segue rumo ao precipício dos hipócritas, se afogando em inveja, ganância e destruição social. Mas sobre o espelho, acredite, passam se anos, mas um dia você se vê, frente a frente, refletindo a imagem triste de seus últimos capítulos irreversíveis, ou a felicidade de ter escrito um bom livro.

(Gustavo Pitwak)

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Os chocolates acabaram

Posted by Gustavo Pitwak on 09:05

Desde que me mudei para o interior de São Paulo, não me conformo com o clima, quase todos os dias do ano são quentes, e só eu sei o quanto me irritei com o calor, o ar abafado, a vermelhidão que o sol deixava e o desgaste físico, o calor exausta muito, ainda mais quando não se tem uma praia por perto, pra deixar os pés enterrados na areia, a maré que vai subindo, enquanto à noite vai caindo, com a lua deitada nas ondas, imaginando me lembra o deslumbre litorâneo nordestino.
Deixando de lado a praia, venho aqui a falar que de uns tempos pra cá, os dias foram diferentes, o tédio em cada canto da casa me distraindo de qualquer inquietude, o suor escorrendo, deslizando como os ponteiros do relógio, roubando-me mais alguns segundos do dia, mas não me importo, sabe, ás vezes é preciso um pouco de melancolia e solidão para se dar valor as coisas boas da vida, como a alegria e onipresença dos amigos.
Sempre me pergunto, se realmente estou descartando as cartas certas? Será que tudo é um jogo? Ou será que já está tudo traçado, após ter nascido é só “deixe a vida me levar”, este que na qual não é o meu dilema de vida, com certeza, e que me desculpe o poético “Zeca”. Ultimamente não ouço mais o som romântico que antes tocava, um momentâneo “stand by me”, nem as flores, os chocolates, ou beijo mordiscado, não tenho mais a quem dedicar essas caricias, por enquanto a certeza é que a cama ainda está sozinha, sem mais espaço pra tanto vazio, se assim se pode dizer. Questiono-me pensando alto: “Em qual rumo estamos indo, se ninguém é de ninguém?”, a relação no século XXI está muito mais complexa, de tanto se tentar simplificar. Vai se entender?
Talvez isso seja uma grande lição de moral, como uma vez ouvi dizer, que “só se sente o verdadeiro sabor do doce, quando se provou do amargo”.
Mas daí eu entro numa reversa indagação, e quando se prova bastante do doce (amor), sem dar o devido valor? Será que terá de se provar do amargo em mesma dose? A verdade é que tenho medo, de um dia acordar e descobrir que acabamos nos frustrando do amor, e que procuremos em outro sentimento a nossa satisfação, já que “sexualizamos” até os objetos inanimados, ás mais intangíveis opções. As pessoas perderam o ponto de referência entre a vida e realizações pessoais, o correto atualmente é desejar, ser, alçar alto, custe o que custar, alcançar o mais longe, mesmo que custem inimizades, o que não é difícil hoje, já que amizade, honra, e honestidade perdeu o valor límpido de tempos atrás.
O amor ficou de lado? Ou ele nos deixou de lado? Perdemos o calor que tínhamos com ele, nosso envolvimento com ele caiu na rotina, e se dissolveu em meio a tanta preocupação com valores capitais, que equiparamos cotidianamente aos indivíduos que nos rodeiam o meio social.
Em contra ponto, mesmo com tanta preocupação com o bem estar, imagino que estamos fadados a pelejar atrás de algo inalcançável, ficando inertes ou sujeitando-nos a mediocridade de nossas vidinhas modernas, a mesma que achamos nos intelectualizarmos, nadando no “mar morto” do superficialismo do século XXI, meio como seguindo a ideologia “zumbis”, vagando e vagando pelo sangue do outro. A gente não tem mais aonde procurarmos por nós mesmo, não á mais “homem” dentro dos homens, nem “mulheres” dentro de mulheres, a não ser no sentido malvado e sexual.
Ao menos nos sonhos posso imaginar que no futuro ainda haverá um suor que possa valer a pena, com os chocolates, as flores, possivelmente na praia, de um lado um amor com amor, que dure ao menos até o Sol se pôr, simples como essa rima.
(Gustavo Pitwak)

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Ração humana

Posted by Gustavo Pitwak on 14:49

Em dias atuais, de tanta informação, e conectividade da mesma, a momentaneidade e a disponibilidade de “tudo” a todo tempo, exacerba ao usuário homem, que este perde seus valores.
Neste aspecto o homem inverte seu posto perante a globalização, não mais a moldando, e sim, moldado.
A globalização criou vida, e tem suas próprias pernas. O homem moderno achou que iria navegar neste rio, desbravar com mais facilidade pelas margens do progresso, porém quem dita as regras é a correnteza global.
Sem presságios, no contexto atual ou se cresce, ou afunda, ou evolui, ou vira hippie, ou acompanha, ou espera vegetando a eutanásia capitalista.
E concreto se dizer que estamos aberto a novos horizontes, digitalizamos, intelectualizamos, informatizamos, mas esses tipos de atributos ou informações, são de alto nível e não tem fácil acesso a margem social, quando se pensa na complexidade de sua qualidade.
A maior disponibilidade que existe, é destinada para você ficar integrado conforme a dança. Imagina-se que seja que informação hoje em dia é como uma produção agrícola, no decorrer do ano é plantado e fertilizado o produto (realidade), assim a primeira safra (fatos) nasce, daí então é colhida a matéria prima (informação), é separado os grãos entre tipos A,B e C (classes) e por assim em diante. Separado os grãos eles são manufaturados (informação manipulada) para cada respectivo consumidor (público), depois passa pela indústria, que a adequando e usando embalagens para a distribuição da ênfase final (sensacionalismo), chegando finalmente ao campo de distribuição (canal) para o mercado (meio).
O mais intrigante, é que ainda são usados os bagaços e os farelos de toda produção, para destinar-se aos animais irracionais (bobalizados), pobres animais, pensam que estão consumindo, mas na verdade serão consumidos, enquanto aguardam na engorda capital, são eles ruminantes que gostam de rodear pelo pasto (TV), e apreciar uma boa lavagem, mesmo que esta seja cerebral.
Realmente isso é a pura “antropofagia”. Daí se você me pergunta: “Antropofagia, não é do homem? Você esta não estava falando de ruminantes?” Resta-me responder ao importuno: “Ah! Se não entendeu? Faz o favor, liga a TV e boa diversão”.

(Gustavo Pitwak)




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A Globalização é gay

Posted by Gustavo Pitwak on 14:36

Entrei em contradição ao pensar sobre a sociedade, pois não somos mais quem somos. Aliás, quando nós fomos? Como mesmo diz a música, “Ah! Se eu fosse homem com” h “maiúsculo”, mas eu tenho uma camisa rosa no armário, e tema uma bege, e o tênis e branquinho. Pergunto-me “Meu Deus, cadê a bota e o sapato?”, a gravata ta na mala, mas o brinco ta na orelha, “putz” o desodorante tem um cheiro doce, e de chocolate.
Em nossa conta sexual, muitos não sabem quando, aonde e quantos foram. De certa forma estamos esticados nessa cama social, cobertos com um lençol de sexualidade explicita, degustando a pansexualidade, do grego “pan = tudo”, e não é incorreto dizer que de certa forma “ta tudo liberado”, sendo ainda algumas coisas escondidas ou com uma leve discriminação por ainda existir uns resquícios de tradicionalismo da igreja, sociedade ou cultura, mas quando comparado há décadas atrás, isto fica parecendo um “balaio de gatos”, a verdadeira “gaiola das loucas”, gente procurando gente, na verdade procurando por eles mesmo.
O individuo pós-moderno esta além da religião, digo isso porque só ela já não basta, ou não consegue mais explicar ou fazê-lo entender sobre sua origem.
Se existe a desconceitualização do tradicional, logo o ser homossexual vira normal, metro-sexual é banal, mesmo dentre os homens, e ser lésbicas já virou fetiche.
As pinturas e esculturas antigas não me surpreendem, á muitos menos as novas gerações (não que eu seja velho, mas isto expressa como em curto prazo de tempo as mudanças são bem mais avassaladoras, do que como antes), mesmo com a delicadeza de cada traço esculpido ou pintado, e em especial as reproduções do corpo feminino, talvez essas artes perderam seus valores por causa da cultura pornô explicita e a industrialização dos valores artísticos.
A industria custeou o corpo, o amor, as paixões e que hoje também seguem tendências como de moda, quantos (a) não trocam de namorada(o) como se troca de roupa.
A tal globalização é meio que assim, sem sexo determinado, porém tarada, sem formalidade, cheia de cores e curvas, como um arco-íris da parada gay. (Gustavo Pitwak)

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Atualização sócio-cultural

Posted by Gustavo Pitwak on 14:58

Desde muito tempo analisei as atitudes humanas, desde as crianças, os adolescentes até os de terceira idade. Existe um conjunto de ações determinantes do agora que deságua no depois, imagina-se que atitudes mesmo que momentâneas refletem amplificadas no futuro. Não consigo imaginar no contexto normal da sociedade,que ainda tente-se enformar-se no modelo antigo, pois é tão traçado, formar-se, trabalhar, casar, reproduzir e estabilizar.
Hoje temos mudanças neste contexto, mas a sociedade ainda repousa em cima deste modelo, como se fosse uma breve atualização. O trabalho começa mais cedo, casamentos duram menos, tem se menos filhos e assim sucessivamente.
Estamos prestes á colidir, adentrando ao colapso de paradigma de sociedade conceituada. Passemos agora ao conceitualização individual, é um esboço imaginário do que nos aguarda, totalmente desprendido de vinculos matrimoniais, já não á mais tempo para a o sexualismo irracional, estamos calculando tempo, dinheiro, valores sociais, e em breve uma nova atualização, uma versão mais "clean" da sociedade.
Dizem que o homem esperava da globalização e sua hiperconectividade uma comodidade maior, ela trás, e muito. o que acontece é que o homem pós-moderno ele cobra mais e mais de si, ele é um homem descaracterizado por se descaracterizar, ele esta trocando constantemente seu envólucro social e cultural. A cada passo que se dissolve tradicionalismos antiquos, crendices mediocres, a cada nova concepção, a cada nova mente se abrindo para a verdadeira realidade, o homem fica cada vez mais livre para o raciocinio real, embora assim ele se depare com a avalanche de informações que a dromocracia cibercultural trás.
Retomasse então a remodelagem do sócio-cultural, e enquanto estivermos lhe dando com economia em crise, burocracia das politicas externas de países desenvolvidos, hipocrisia da igreja e das organizações de apoio aos países subdesenvolvidos, carga tributária elevada e sistema de governo corruptos, estaremos presos na crise de identidade, sucunbindo a respiração entre o neo-mundo e o sub-mundo.

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Imundo

Posted by Gustavo Pitwak on 08:51

Sistemas instalados, redes conectadas, e o canal aberto. Finalmente estamos no patamar totalitário da globalização capitalista.
E de repente nós estamos integrados, não novamente, mas sim em algo totalmente novo. O aborto foi liberado, como as pesquisas em células troncas, o casamento gay, e até a pena de morte. A economia atingiu um superávit, picos de lucratividade, o bio-diesel alçou o mercado global, pois a produção esta em vento e polpa, igualmente a agricultura. A educação brasileira está entre os dez melhores no mundo e deixou de aprovar jovens sem instrução.
Não se vê mais gente embaixo dos viadutos, muito menos nos sinais, o nível de desemprego despencou bruscamente, e a distribuição de renda esta finalmente nivelada. Os projetos de inclusão social vão bem. A saúde supre agora toda a população, e com qualidade. A justiça não pesa mais para lados prevalecidos, e desta forma não se vê mais laranjas nos esquemas de lavagem de dinheiro, e o senado funciona sem precisar de CPI, ou escutas telefônicas. Nunca mais uma empresa fantasma ganhou licitação para obras públicas, o que se vê são construções para todo lado, com grandes projetos de saneamento básico.
O crime organizado foi dissolvido nas favelas, mérito do exército que se posicionou em uma grande operação de desmanche do narcotráfico. A policia militar está distribuída em todas as áreas urbanas, tanto nos bairros pobres como nos da alta, a segurança foi estabelecida.São seis e meia da manhã. Acordei, era um sonho, um grande sonho. Vou passar um café pra tentar espantar o sono que trás ilusões, meio que como a superficialidade que tenho ao ligar a tv.

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Os dias que perdi

Posted by Gustavo Pitwak on 08:47

Uma caneca de café, um lápis, um caderno, um computador e mais pouco de café e mais café. Como se fosse um poço infinito, como se patinasse no gelo, sem meus patins, escorregando não sei para onde ou nem saindo do lugar. Estou tentando contar como as estrelas no céu, os dias que perdi. Odeio quando estes flashs de lembranças me fazem tentar contar cada um dos erros que já se foram, cada segundo e minutos que antecederam o agora, e que vão dissolver o meu amanha, e não sei como será.
Eu poderia estar melhor? Eu poderia estar melhor. E é como se uma melancolia invadisse sem pedir licença, e com toda falta de educação. Que ótimo, estou desperdiçando meu café em melancolia. Mas eu sei que poderia, então porque não fazer uma critica a mim?
Eu podia ter crescido como os grandes, e me limitei aos medíocres, e se influenciei pelos sujos, e deixei de lado os integrados da massa, se esbanjando ou se afogando em algum programa de vida que diziam feliz. Eles nem sabiam, e por isso riam de tudo e do mundo, a essa altura eu já me entediava, e chorava por dentro e por tudo. Eu perdi meu hímen da realidade, e descobri que existe muita maldade. Não temos mais líricas, não temos mais champagne e flores. Mas temos camisinhas de chocolate, calcinhas comestíveis e bonecos infláveis. Eu me surpreendo de não ter ainda desistido de mim, tentando buscar a cada dia força pra me levantar, mesmo que da cama. Porque se levantar? O que me espera?
Eu consigo sentir falsidade nas pessoas, mas guardo pra mim. Eu vejo olhos ardendo inveja. Comentários ácidos, hipocrisia em toda parte, e em tudo com certeza uma grande falta de arte.
Adaptei-me á muito tempo a esse mundo, e já não sou mais eu. Já me coloquei numa jaulinha qualquer, num cativeiro global. Um dia eu me solto nessa selva de pedra, com caçadores armados em dinheiro e boas palavras, montados em seus imponentes meios de comunicação. Eu ligo a TV e me sinto espionado. Não estou vendo nada, eles que estão me vendo, quando ligo sabem que estou suscetível á receber um tiroteio de informações, um Head-Shot.Ninguém vai ler um texto de um “reclamão”, por mais que isso pareça ser um deságüe de magoas com a sociedade. Também ninguém merece ser acordado de um sono, num sonho bom. E é isso que representa, mas não é isso que quero. Eu também quero dormir e ter um sono bom. Mas não consigo, então por enquanto, um pouco mais café.

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A Ironia brasileira.

Posted by Gustavo Pitwak on 17:59

O Brasil está cada vez melhor, estamos seguindo no caminho certo e assim seremos exemplo no mundo inteiro. Em primeiro lugar temos que falar da educação, a educação no Brasil é de altíssimo nível, não se vê analfabeto e muito menos crianças sem escola, aqui é assim, só não estuda quem não quer!
O pior de tudo é que ainda há idiotas que preferem não aproveitar o altíssimo nível de educação que o Estado oferece, preferem pagar por um ensino inferior, dá para acreditar? Mas é assim mesmo, gente burra tem em todo lugar.
Quem não assiste acaba ficando sem assunto com o patrão, com a mamãe, com o papai, com a titia, com o papagaio... Ser diferente é coisa de otário, no Brasil todo mundo tem quer ser igual, a mídia nos mostra esse caminho, se todo brasileiro seguisse o que a Globo fala, por exemplo, se fôssemos todos flamenguistas ou cortinthianos, não haveria mais brigas de torcidas. Ainda bem que a grande maioria torce pra esses times, mas ainda existem os do contra, que peneiram as informações e pensam antes de qualquer coisa, ai eu pergunto a você: É preciso perder tempo pensando em um país que as coisas já chegam mastigadas até você? Claro que não! A televisão e os jornais só falam a verdade e os donos deles são brasileiros que nem nós, e brasileiros mesmo, não são os são-paulinos nem vascainos.
Outra grande virtude nacional é a área da saúde. Sou a favor da extinção de todo grupo médico particular em território nacional. Nossa medicina supera quase todos os paises da África e a grande maioria da América Latina, não estamos bem? Os médicos do Rio de Janeiro são os melhores quando o assunto é tirar bala de corpo humano, agora não me pergunte o motivo. Nunca fui a um hospital público que me atendessem mal, e os médicos são muito bons, qualquer coisa eles tentam logo te abrir pra ver de perto qual é o problema, tudo gente nova, ou seja, estudaram rapidinho e já se formaram, gente competente. Ainda não disse porque sou contra saúde privada, mas quer saber? Não gosto de palmeirense e muito menos de fluminense e nesses hospitais só vai gente assim. Sou brasileiro e a favor da ordem e do progresso, não me deixo manipular!
(Michel Teixeira)

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Libertino religioso

Posted by Gustavo Pitwak on 12:05

Espetáculo! Batam palma, agora estamos vendendo fé. Pense pelo lado menos cruel, cria se empregos, e claro, que ao invés de gerente usa se o termo pastor, para a gestão dos seguidores.
Um mercado aonde os consumidores vêm atrás do produto com sede de compra instintiva. Aplica-se um pouco de discurso massivo, em tom alto, repetitivo e o público com a cabeça carente de idealismo, adere.
Mas como assim produto? Não é em cima de uma necessidade que se cria um produto? Exato. A Maior delas, a necessidade de se explicar o “eu”, quem sou? De onde vim? Porque viver? E pra onde vou?
Respirar e se alimentar ficam no tapete, perto dessa, a falta dela é o motivo do suicídio de muitos, não precisamos mais de ar, se não tiver o porquê do “eu”, porque antes de tudo existo em espírito, alma, que vivem sem ar, sem alimento, pra quê serve a carcaça epitelial? Se não for para explodir ela logo, e pegar aquelas virgens no céu? A loucura é pela necessidade mais fiel, a que te leva ao surreal, ao infinito, a necessidade recíproca que te dá os porquês para viver.
O homem nunca se sentiu tão só no universo, pois a globalização e a ciência fazem coçar a dúvida da questão existencial, cada vez mais a gente ta plantando e colhendo, aqui fazendo e aqui pagando, isso dissolve muito a crença.
O mercado esta em baixa, então muda se o foco, as religiões pregam no agora, em base mais presencial. Então preparem sua defesa, a acusação esta feita, o julgamento é agora.
Não que não exista o além, esse além é o que o homem não consegue enxergar embaixo do nariz. Somos matéria do mundo real, será que ninguém percebe que o chicote celestial já esta comendo nas costas? E o tal do mármore do inferno já esta esquentando, como num aquecimento desenfreado? E as bestas? Ah, essas já estão soltas há muito tempo, já estão na terceira idade, maduras e já sugaram quase toda a verdadeira fé, o altruísmo já esta em baixa há muito tempo, como moeda afegã, e como a frase de Ghandi completa o nosso estado, “Olho por olho, e o mundo acabara cego”.
“Alguém disse que a vida é uma festa, aonde a gente chega depois que começou e sai antes que acabe”, Elsa Maxwell também ponderou a nossa situação carnal.
Potencializamos o poder da comunicação, o arsenal midíatico já esta apontado, como um míssil teleguiado, microfones como Kalashinikov AK-47, informação superficial como bombas de efeito moral, bíblias como M16, o exército esta pronto, montados em religiões, como tanques M1A1 Abrams, prontos para combater a liberdade de expressão humana, o pensamento ideológico, dissolvendo o heterogênico global, seqüestrando o raciocínio real.
Preparem-se para o ataque massivo, já temos muitas baixas, muitos já foram capturados, a experiência hitleriana está liberada, vestida com o uniforme de idealismo religioso, criando indivíduos sem pé nem cabeça.
No século XXI não será mais preciso gás, pólvora, dinamite, ou qualquer explosivo, o poder esta na comunicação, o poder de persuadir. Salvem-se quem puder. (G.P)

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Capitalismo. Obrigado!

Posted by Gustavo Pitwak on 08:52
Para aqueles que o capitalismo é ordem, ele também é pai, é aquele pai frio e turrão.
Ele é a paternidade moderna, o progresso, a verticalidade. O que muitos não conseguem entender é que para se terem o agrado dele, é preciso correr por fora das alienações que soam sobre ele, meio que no estilo calculista, o sujeito prospectivo que mais entende do que fala, e mais faz do que fala. Existe uma forma imediata e errônea de dizer que ele é o criminoso, o autor da miséria e da pobreza, é muito vago essa critica. O homem do século XXI sim, é o ator deste palco mídiatico, em uma sociedade do espetáculo, como tantos professores acadêmicos falam. O sistema é só um mero sistema, já bem instalado, que relativamente já aderiu às falcatruas, superfaturas, repasses, este é o esquema real, por isso ele funciona sim, e muito bem.
Desde pequeno imaginei montar uma empresa que tivesse lucros maiores do que a produção. Seria uma utopia? Esse sonho é real, é o Governo, seja ele municipal estadual ou federal, não deixa de ser simplesmente um sistema, alteram-se apenas o tamanho de sonho, a lucratividade continua sendo proporcionalmente maior que a produção.
Nós projetamos, calculamos, contabilizamos e tabelamos o amor, sexo, os sentimentos, os prazeres, a aventura, o herói.
O sexo que é o negocio mais rentável pra se comercializar, e algum esperto já contabilizou há mais de dois mil anos. Será que tinha publicitário naquela época? Exceto Jesus? Esta tudo na prateleira do século XXI, exposto a compra.
O “obrigado” já tem preço, quando se dizia... - Obrigado, se ouvia imediatamente uma simples e camarada resposta,... - Não á de quê! ou Dispõe, hoje substituímos por outras respostas, como – É trinta reais minha senhora; ou – Depois você me paga, - Vou ver quanto fica.
Claro que ninguém precisa pagar de Senhor Altruísmo, mas percebe-se sutilmente a degradação da camaradagem, vai fazendo sucção da cultura pro abismo da homogeneização.
Ah! Mamãe globalização vai nos deixar todos iguaizinhos, pra não ter briga entre os irmãos, todos com os mesmos brinquedos? Opa! Papai capitalismo vai me dar uma Ferrari F-50 como a do vizinho?
Sonhar é bom, mas se não me comportar vou ficar de castigo no mundo subdesenvolvido. Para o Papai capitalismo é tudo “oito ou oitenta”, ele honra seu nome. Aos integrados a mesada, aos desmembrados, á marginal. Ele é meio frio e durão mesmo, trata os seus filhos com diferença.
Enquanto eu saio pro Shopping pra comer um Mc depois da minha aula de inglês, ele deixa os outros irmãos, com fome, sem escola, sem informação, sem diversão. Pior são os “manos” do morro que ficam na rua pedindo esmola. Em compensação minha irmã ta fazendo aplique no cabelo, mês que vem acho que dá pra colocar um silicone. Ah, mas com o que sobrar, da pra comprar uma cesta básica pros irmãos da prole. Capitalismo. Obrigado! (G.P)

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Velhos rancores guardados no bolso

Posted by Gustavo Pitwak on 07:37

O jeito mais fácil de escrever é pela vivência, as vão palavras surgindo como num turbilhão, ainda mais quando esta se encontra fresquinha na pele, e você se pega á escrever, nervoso e com amor (sarcástico?).
Em um projeto de férias, e recém solteiro, me visto a carapuça de boêmio e boto-me a gandaiar, enrustido do velho romântico em uma capa de ovelha negra.
E o Destino, este prega peças, pelo menos foi assim até agora em minha vida, podia até ouvir o ressoar do destino dizendo “pegadinho do malandro”, e lembro-me daí da cara de um grande amigo da vida acadêmica, quando até então uma ex-namorada resolve querer reatar os laços que ela terminou, estes que nem sei aonde tinha guardado ou se joguei fora.
O grito de guerra já tinha sido dado, não havia volta, o “Dark Vader” já tinha tomado posse, na verdade já estava pra lá do outro lado da força. Penso que não se tem lados e sim conceitos, como posso me julgar estar do lado do malvado, ou do bonzinho, quando o lado do mal me faz bem, que irônico.
Dizem que amor e ódio são sentimentos muito próximos. Pois é verdade, são muito intensos, e por isso um fica na fronteira do outro, como confrontos na faixa de Gaza, é bomba pra todo lado. Algumas rejeições desfrutam o ódio, e se tinha amor antes, da lhe a falação. Naturalmente a mulher já tem o “know-hall” da conversa, pra não dizer “fofoca” que soaria ruim. Mas é. E é com toda essa desenvoltura que ela consegue difamar com certo profissionalismo, o que não é ruim pra quem já é tomado pela malandragem, afinal “pra quem está leproso o que é uma feridinha?”. Pergunto-me o que faria de diferente, a não ser aproveitar a “publicidade” negativa pra alavanca o lucro. Em Marketing, o produto indiferente do design, cor, preço e demais aspectos, só é bom produto quando tem mercado. Ninguém ainda inventou geléia de jacá, o público é limitado. Então entro novamente no paradoxo “bem e mal”, porque seguir o conceito bonzinho se o nicho aponta a tendência de mercado pra canalhice?
A aventura sempre foi propulsora para os amantes, como um motivo pra se amar. E tenho certo que aventura é ligada às coisas intensas, e perigosas.
Falam mal, tanto, na mesma proporção que me ligam, imagino então que meu telefone virou um disk aventura. Na verdade elas ainda precisam apenas de uma desculpa pro delírio, fingir-se de bonzinho, mesmo que elas saibam que não é. Algo como “fingir que não sabem que elas sabem” para que toda parte da “canalhice” fique pra você. E depois elas terem o crédito da palavra... - Ele me enganou; Fui usada; Ele nem me ligou mais; iludiu-me; coisas do gênero. Doce sujeira amorosa.
Neste ponto ninguém ta errado, só cumprindo as funções normais do masculino e feminino. Desde a caverna os dois trabalham, mas homem sai á caça, pra pegar à presa. A mulher é costumeira e cúmplice tempera e prepara a comida. A condição de cúmplice vem meio que desligada do crime total, é depois do crime feito, e não como autor, o agravante sobra ao homem. Existe esta luta, entre quem ser o individuo pragmático e o erótico, do grego Pragma e Eros, consciência e calculismo, contra o poético e erótico. E como é bom o sabor dos boêmios. As noites, as festas a bebida que adoça a mente e pensamentos, é o fluido lubrificante das engrenagens do xaveco, e solvente da timidez, e como eles saem quando se lubrifica bem. Cerveja, Uísque, Rum, bebidas que nos dão o dom da palavra, e tiram da mulher o direito do “não”, a cada gole, mais e mais receptivas ao “sim”. Ah, com certeza Deus deve ter feito as mulheres mais fracas para o álcool propositalmente, pra que não bebessem muito, talvez para o pecado não ser maior. E de certa forma o diabo gostou, porque ficou barato esse pecado, basta gastar com uma ou duas doses de dry-Martini, pra ficarem tinindo ao sexo ilimitado.
(G.P)