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Libertino religioso

Posted by Gustavo Pitwak on 12:05

Espetáculo! Batam palma, agora estamos vendendo fé. Pense pelo lado menos cruel, cria se empregos, e claro, que ao invés de gerente usa se o termo pastor, para a gestão dos seguidores.
Um mercado aonde os consumidores vêm atrás do produto com sede de compra instintiva. Aplica-se um pouco de discurso massivo, em tom alto, repetitivo e o público com a cabeça carente de idealismo, adere.
Mas como assim produto? Não é em cima de uma necessidade que se cria um produto? Exato. A Maior delas, a necessidade de se explicar o “eu”, quem sou? De onde vim? Porque viver? E pra onde vou?
Respirar e se alimentar ficam no tapete, perto dessa, a falta dela é o motivo do suicídio de muitos, não precisamos mais de ar, se não tiver o porquê do “eu”, porque antes de tudo existo em espírito, alma, que vivem sem ar, sem alimento, pra quê serve a carcaça epitelial? Se não for para explodir ela logo, e pegar aquelas virgens no céu? A loucura é pela necessidade mais fiel, a que te leva ao surreal, ao infinito, a necessidade recíproca que te dá os porquês para viver.
O homem nunca se sentiu tão só no universo, pois a globalização e a ciência fazem coçar a dúvida da questão existencial, cada vez mais a gente ta plantando e colhendo, aqui fazendo e aqui pagando, isso dissolve muito a crença.
O mercado esta em baixa, então muda se o foco, as religiões pregam no agora, em base mais presencial. Então preparem sua defesa, a acusação esta feita, o julgamento é agora.
Não que não exista o além, esse além é o que o homem não consegue enxergar embaixo do nariz. Somos matéria do mundo real, será que ninguém percebe que o chicote celestial já esta comendo nas costas? E o tal do mármore do inferno já esta esquentando, como num aquecimento desenfreado? E as bestas? Ah, essas já estão soltas há muito tempo, já estão na terceira idade, maduras e já sugaram quase toda a verdadeira fé, o altruísmo já esta em baixa há muito tempo, como moeda afegã, e como a frase de Ghandi completa o nosso estado, “Olho por olho, e o mundo acabara cego”.
“Alguém disse que a vida é uma festa, aonde a gente chega depois que começou e sai antes que acabe”, Elsa Maxwell também ponderou a nossa situação carnal.
Potencializamos o poder da comunicação, o arsenal midíatico já esta apontado, como um míssil teleguiado, microfones como Kalashinikov AK-47, informação superficial como bombas de efeito moral, bíblias como M16, o exército esta pronto, montados em religiões, como tanques M1A1 Abrams, prontos para combater a liberdade de expressão humana, o pensamento ideológico, dissolvendo o heterogênico global, seqüestrando o raciocínio real.
Preparem-se para o ataque massivo, já temos muitas baixas, muitos já foram capturados, a experiência hitleriana está liberada, vestida com o uniforme de idealismo religioso, criando indivíduos sem pé nem cabeça.
No século XXI não será mais preciso gás, pólvora, dinamite, ou qualquer explosivo, o poder esta na comunicação, o poder de persuadir. Salvem-se quem puder. (G.P)

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Capitalismo. Obrigado!

Posted by Gustavo Pitwak on 08:52
Para aqueles que o capitalismo é ordem, ele também é pai, é aquele pai frio e turrão.
Ele é a paternidade moderna, o progresso, a verticalidade. O que muitos não conseguem entender é que para se terem o agrado dele, é preciso correr por fora das alienações que soam sobre ele, meio que no estilo calculista, o sujeito prospectivo que mais entende do que fala, e mais faz do que fala. Existe uma forma imediata e errônea de dizer que ele é o criminoso, o autor da miséria e da pobreza, é muito vago essa critica. O homem do século XXI sim, é o ator deste palco mídiatico, em uma sociedade do espetáculo, como tantos professores acadêmicos falam. O sistema é só um mero sistema, já bem instalado, que relativamente já aderiu às falcatruas, superfaturas, repasses, este é o esquema real, por isso ele funciona sim, e muito bem.
Desde pequeno imaginei montar uma empresa que tivesse lucros maiores do que a produção. Seria uma utopia? Esse sonho é real, é o Governo, seja ele municipal estadual ou federal, não deixa de ser simplesmente um sistema, alteram-se apenas o tamanho de sonho, a lucratividade continua sendo proporcionalmente maior que a produção.
Nós projetamos, calculamos, contabilizamos e tabelamos o amor, sexo, os sentimentos, os prazeres, a aventura, o herói.
O sexo que é o negocio mais rentável pra se comercializar, e algum esperto já contabilizou há mais de dois mil anos. Será que tinha publicitário naquela época? Exceto Jesus? Esta tudo na prateleira do século XXI, exposto a compra.
O “obrigado” já tem preço, quando se dizia... - Obrigado, se ouvia imediatamente uma simples e camarada resposta,... - Não á de quê! ou Dispõe, hoje substituímos por outras respostas, como – É trinta reais minha senhora; ou – Depois você me paga, - Vou ver quanto fica.
Claro que ninguém precisa pagar de Senhor Altruísmo, mas percebe-se sutilmente a degradação da camaradagem, vai fazendo sucção da cultura pro abismo da homogeneização.
Ah! Mamãe globalização vai nos deixar todos iguaizinhos, pra não ter briga entre os irmãos, todos com os mesmos brinquedos? Opa! Papai capitalismo vai me dar uma Ferrari F-50 como a do vizinho?
Sonhar é bom, mas se não me comportar vou ficar de castigo no mundo subdesenvolvido. Para o Papai capitalismo é tudo “oito ou oitenta”, ele honra seu nome. Aos integrados a mesada, aos desmembrados, á marginal. Ele é meio frio e durão mesmo, trata os seus filhos com diferença.
Enquanto eu saio pro Shopping pra comer um Mc depois da minha aula de inglês, ele deixa os outros irmãos, com fome, sem escola, sem informação, sem diversão. Pior são os “manos” do morro que ficam na rua pedindo esmola. Em compensação minha irmã ta fazendo aplique no cabelo, mês que vem acho que dá pra colocar um silicone. Ah, mas com o que sobrar, da pra comprar uma cesta básica pros irmãos da prole. Capitalismo. Obrigado! (G.P)

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Velhos rancores guardados no bolso

Posted by Gustavo Pitwak on 07:37

O jeito mais fácil de escrever é pela vivência, as vão palavras surgindo como num turbilhão, ainda mais quando esta se encontra fresquinha na pele, e você se pega á escrever, nervoso e com amor (sarcástico?).
Em um projeto de férias, e recém solteiro, me visto a carapuça de boêmio e boto-me a gandaiar, enrustido do velho romântico em uma capa de ovelha negra.
E o Destino, este prega peças, pelo menos foi assim até agora em minha vida, podia até ouvir o ressoar do destino dizendo “pegadinho do malandro”, e lembro-me daí da cara de um grande amigo da vida acadêmica, quando até então uma ex-namorada resolve querer reatar os laços que ela terminou, estes que nem sei aonde tinha guardado ou se joguei fora.
O grito de guerra já tinha sido dado, não havia volta, o “Dark Vader” já tinha tomado posse, na verdade já estava pra lá do outro lado da força. Penso que não se tem lados e sim conceitos, como posso me julgar estar do lado do malvado, ou do bonzinho, quando o lado do mal me faz bem, que irônico.
Dizem que amor e ódio são sentimentos muito próximos. Pois é verdade, são muito intensos, e por isso um fica na fronteira do outro, como confrontos na faixa de Gaza, é bomba pra todo lado. Algumas rejeições desfrutam o ódio, e se tinha amor antes, da lhe a falação. Naturalmente a mulher já tem o “know-hall” da conversa, pra não dizer “fofoca” que soaria ruim. Mas é. E é com toda essa desenvoltura que ela consegue difamar com certo profissionalismo, o que não é ruim pra quem já é tomado pela malandragem, afinal “pra quem está leproso o que é uma feridinha?”. Pergunto-me o que faria de diferente, a não ser aproveitar a “publicidade” negativa pra alavanca o lucro. Em Marketing, o produto indiferente do design, cor, preço e demais aspectos, só é bom produto quando tem mercado. Ninguém ainda inventou geléia de jacá, o público é limitado. Então entro novamente no paradoxo “bem e mal”, porque seguir o conceito bonzinho se o nicho aponta a tendência de mercado pra canalhice?
A aventura sempre foi propulsora para os amantes, como um motivo pra se amar. E tenho certo que aventura é ligada às coisas intensas, e perigosas.
Falam mal, tanto, na mesma proporção que me ligam, imagino então que meu telefone virou um disk aventura. Na verdade elas ainda precisam apenas de uma desculpa pro delírio, fingir-se de bonzinho, mesmo que elas saibam que não é. Algo como “fingir que não sabem que elas sabem” para que toda parte da “canalhice” fique pra você. E depois elas terem o crédito da palavra... - Ele me enganou; Fui usada; Ele nem me ligou mais; iludiu-me; coisas do gênero. Doce sujeira amorosa.
Neste ponto ninguém ta errado, só cumprindo as funções normais do masculino e feminino. Desde a caverna os dois trabalham, mas homem sai á caça, pra pegar à presa. A mulher é costumeira e cúmplice tempera e prepara a comida. A condição de cúmplice vem meio que desligada do crime total, é depois do crime feito, e não como autor, o agravante sobra ao homem. Existe esta luta, entre quem ser o individuo pragmático e o erótico, do grego Pragma e Eros, consciência e calculismo, contra o poético e erótico. E como é bom o sabor dos boêmios. As noites, as festas a bebida que adoça a mente e pensamentos, é o fluido lubrificante das engrenagens do xaveco, e solvente da timidez, e como eles saem quando se lubrifica bem. Cerveja, Uísque, Rum, bebidas que nos dão o dom da palavra, e tiram da mulher o direito do “não”, a cada gole, mais e mais receptivas ao “sim”. Ah, com certeza Deus deve ter feito as mulheres mais fracas para o álcool propositalmente, pra que não bebessem muito, talvez para o pecado não ser maior. E de certa forma o diabo gostou, porque ficou barato esse pecado, basta gastar com uma ou duas doses de dry-Martini, pra ficarem tinindo ao sexo ilimitado.
(G.P)