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Se não fosse o Sol e se não fosse a Chuva

Posted by Gustavo Pitwak on 11:14
Eu pensava que o calor fosse nos derreter, cada dia mais quente que o outro, um clima louco invadindo cada canto do nosso planeta, de repente vem uma chuva forte derrubando, desmoronando, inundando, são temporais por toda parte, a mãe natureza vivendo um momento de criança e fazendo arte, enquanto isso a gente vê por todo globo grupos de governo se reunindo para medir poder, reuniões com fachadas de “em prol da natureza”, mas a verdade é fundada em interesses políticos e econômicos para continuar a funcionar a máquina capitalista, o mínimo que discutem são seus métodos ineficazes para combater o aquecimento, tanto porque não saem do papel, as indústrias continuam a emitir toneladas de gases na atmosfera, principalmente máquinas do Tio Sam.
A economia de fato não pode parar o desemprego já aumentou e se alastra na crise, mas as medidas com o meio ambiente não podem ser deixadas em segundo plano, devem andar paralelas, é a problemática global, economia e natureza.
Um fato interessante é que o governo acaba gastando valores significantes nos hospitais, devido a poluição no ar e água, se tivessem mais zelo por estas caudas, poderiam economizar e reverter para investimento em infra-estrutura e criação de novos empregos, o que equilibra e da sustentação na economia, melhorando tais índices como o IDH (índice de desenvolvimento humano) do país.
O governo precisaria entender que é melhor um cidadão, um individuo da sociedade com oportunidade de trabalho, e expectativa de vida, e desta forma mesmo sem alteração na taxa tributária, ele poderá crescer ajudando seu país, e assim em uma relação mutua onde o governo reverte toda a “grossa carga tributária” e encargos de empresas para um bem em comum, é possível dizer que programas como a bolsa-família, bolsa-escola ajudaram milhares de famílias, mas infelizmente isso não ajuda em oportunidade de emprego, “não ensina a pescar, apenas da o peixe”, o povo precisa saber que não é vergonhoso não reter a informação, mas o intrigante é dar de costas pra ela, acreditar em toda a baboseira dos políticos aproveitadores é o primeiro erro mortal para o país.
Mas infelizmente ainda existe o pensamento de que todos os políticos são iguais, e então começa a venda de votos por mixarias, cestas básicas, presentinhos, cem contos aqui ou até bem menos, é hipocrisia do povo, todo mundo acaba pagando por isso pois isso tudo vem refletido de volta e amplificado na taxa tributaria alta, nos desvios dos cofres públicos, na falta de emprego, nas super-faturas de construções, repasses e todas as outras falcatruas políticas, que existem no vasto vocábulo no cenário político brasileiro atual.
Penso que isso custa a mudar, talvez demore mais que o planeta vá durar, pois talvez a corrupção seja coisa intergaláctica, esteja pré-escrito no destino terráqueo, e tenha sido herdado por alguma civilização muito mais a frente da nossa, enquanto isso temos independente de calor ou tempestade, ainda existe Sol e chuva, pra gente plantar, como nos tempos das cavernas. (Gustavo Pitwak)

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Um exemplo para a sociedade

Posted by Gustavo Pitwak on 11:09
Hoje em dia existe muita burocracia no Brasil, seja ela na sáude, na educação, na previdência, ou em qualquer outro sistema relacionado ao governo, é isto que nos ancora no subdesenvolvimento, e assim infelizmente pode-se imaginar os passos que ainda iram trilhar as crianças carentes neste país, ainda mais frente a uma crise mundial.
Existe realmente um sistema negativo, e muitas das vezes explicitamente fica alienando os cidadões para o descaso com o nosso Brasil, e para com a sociedade.
Assim surge o grande desafio atual: “caráter contra malandragem”, “profissionalismo contra oportunismo”.
O oportunismo não pode vir antes do profissionalismo, o melhor para o nosso país, é termos mais profissionais oportunistas pensando em maximizar, melhorar e intensificar, para consigo e com o social, e não o inverso, “oportunistas profissionais”, estes que são aqueles que sugam, secam o crescimento do nosso país.
O dicionário da corrupção vive o momento mais farto da história, superfaturas, laranjas, caixa dois, repasses, caixas dois, licitações fraudulentas, cpi para limpar o nome de corruptos, dólar na cueca, sanguessugas e assim vai.
Dentro do serviço público e não só nele, precisamos de mais pessoas de caráter, que não deixam a honestidade ser dissolvida nos interesses singulares.
Ninguem precisa mais apontar dedo daqui ou acusar dali neste país, temos de começar a mudança por nós mesmo, e não deixar mais a corrupção oprimir o progresso, é preciso personalidade forte para manter a limpidez e a transparência, sem esperar o devido reconhecimento entre tantas trocas de prefeitos, governadores e presidentes.
São tantos partidos, e defendendo diversas causas, mas o pensamento tinha de ser mais claro e simples, somos apenas um só Brasil, e em prol deste é que todos devemos lutar.
(Gustavo Pitwak)

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O abadá da crise

Posted by Gustavo Pitwak on 18:44

(Um, dois, três voltando as redações do Cachorro-projetos pessoais)


Em plena crise econômica e no blá-blá nos dispautérios sobre soluções para o tal bicho de sete cabeças. Agora podemos sentir o mundo no esquema "se vira nos trinta", não no progama do Faustão, estamos brincando sobre a economia mundial, com um arzinho de jogos mortais, pois são empresas tentando saidas estratégicas, governos estabelecendo reduções de impostos para estimular a econômia, mas neste vai-e-vem, tem empresa perdendo a "vida".

Tudo indica que este ano, e porque não o próximo teremos dois grandes anos, somados por grandes investimentos, subtraido por grandes reduções, grandes modificações, sobre pressão o mundo e a mente são espremidos como laranjas, e o suco são as grandes sacadas como solução. Se a crise se agravar, se as dívidas persistirem, ou aumentarem, ligaremos para Obama, ou pro SAC da White House. Problemas não faltam, tem uma gripe suína rolando, crise econômica e recessão, logo desemprego, falências, Coréia apontando seus misseís, Irã enriquecendo urânio, e empobrecendo seu povo, mutretando votação, amputando a democracia que não existia.

O problema de alguns destes países emergentes está no fato não da produção de bombas, o fato é que de certa forma o crescimento destas nações irrita governos como Estados Unidos, é como o caso do Bio-diesel brasileiro, os americanos já testam pesquisas para fazer cana trangênica para adaptar ao solo deles. As pesquisas ainda estão em andamento, porém os investimentos são bem maiores que o nosso, aliás enquanto nossos cientistas estão dando aula, os norte-americanos estão engajados em pesquisas com amplo, e gordo investimento para pesquisas diversas.

Não me surpreende que países menores em riqueza de matéria-prima, território, e biodiversidade, como a própria Coréi a, Japão, Bélgica e Espanha, tenham criado melhores soluções para economia, ou melhor foco na exportação que seria o nosso grande diferencial, mas o que acontece é a cultura de substimar o nosso país, valorizar o nosso interno, e determinar uma real posição perante o cenário mundial o nosso presidente tem feito bem isso, agregando valores, acreditando que o Brasil já possuí poder econômico suficiente para liberar empréstimos para países dependentes e menos produtores. A grande sacada é "reinventar" conceitos, e não mais dar um tapa em projetos fálicos, para tanto a educação brasileira precisa guinar para niveis mais altos. População inteligente, procria e elege gente inteligente, e sabe cobrar verdadeiros projetos, e não somente"Bolsas" isso e aquilo. Fechando á "la Belchior", neste país, "Tyranossauro Rex mandou falar, que para acabar com a malandragem é preciso prender e comer todos otários."

(Gustavo Pitwak)

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Um casulo pro futuro

Posted by Gustavo Pitwak on 19:41
Uma voz ressoava rouca pra mim: “- Como você está? Já se decidiu? Vai fazer a diferença hoje? Você não tem mais tanto tempo assim, mas o que escolher será o melhor, o importante é que viver não é difícil, o difícil é...”.
Aquela pessoa estava tão chorosa, a testa franzida a barba grisalha e falhada, os olhos implacáveis reparando no meu rosto, me dizendo que o tempo se passou, me falando que ainda existe uma chance dentro de mim.
São dez e meia da manhã e acordei me sentindo incompleto, sentindo algo ruim, mas feliz pelo que dali em diante estava por vir, como um sabor de chocolate meio amargo. Foi tirando as vendas que a preguiça e o sono me botam que me fez acordar, agora talvez eu tenha um sonho pra me manter acordado, acordei depois de acordado, “reacordando”. Não existe? “Ah! Café ajuda!”
Dizem que são poucos que sentem o gosto da morte e voltam à vida, me senti como essa simples analogia.
Esses dias testaram-me ao extremo, me deixei obscurecer, eu sumi, por segundos não existia, não é apenas com o “bem” e o “bom” que se aprendem, digo isso, porque foi com a cegueira mental e falta de visão de mundo de muita gente, que consegui enxergar além desse mundo de hipocrisia, aprenda com os seus erros, e com os dos outros pra economizar anos de tropeços.
Queria fazer um casulo de borboleta, se esconder por um tempo e só sair quando pudesse voar completo, pronto, todo bonitão por ai, queria eu ter essa opção de poder esquecer o passado que rastejava lento, e feio.
Pra complicar o mundo anda tão moderno, tão “high” e eu ainda não virei um computador, se eu for, por favor, me restaurem. Não devo estar funcionando direito, tantas coisas ainda pra guardar, outras tantas pra processar, e assim por diante, quando essa máquina vai parar, quando vou ganhar um tempo pra esfriar?
O mundo não tem férias nem décimo terceiro e a vida não para pro almoço, e a cada dia que se passa estamos ficando com o saco mais roxo (menos o Collor).
No futuro talvez eu sabia, e nesse presente tudo se confundia.
Fico me lembrando deste sonho, era eu me fitando no espelho, velho e fracassado, dizendo pra mim mesmo: “Viver não é difícil, o difícil é conviver”.
(Gustavo Pitwak)

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Mentiras de verdade

Posted by Gustavo Pitwak on 21:17
Nascemos pra quê? Vamos caminhando, carregando o fardo da vida sem saber pra onde ir, imaginando caminhos, que vão se quebrando com o tempo. Levantamo-nos todos os dias ao acordar, mas caímos muitas por sonhar.
Às vezes a única paz que a gente encontra, está escondida em um quarto sozinho, lá fora tem tanto barulho, e nem sempre a imagem da cidade agrada, com aquelas pessoas com olhar sofrido, tanta malicia e malandragem, nas ruas e até na igreja às vezes acho que é tudo uma grande sacanagem.
Muitas pessoas questionam se existem espíritos ou fantasmas vagando pela terra, acredito que sim, mesmo que da forma metafórica. Quero dizer, parecem existir tantas pessoas vazias de “tanto”, e outras tão cheias de “vazio”, pessoas que acumulam tantas cargas cotidianas, tantas dores do mundo que nem perceberam que não vive mais, o corpo está ali inteiramente físico, mas mente e espírito não existe mais. O pai que brincava com o filho quando criança, já não existe, agora acha problema em tudo, quando não acha trás de algum lugar, ou pior inventa.
A mente pessimista invade, tomando conta, corroendo a sensibilidade de vida, a pessoa não tem mais os pés no chão. Está agora vivendo uma mentira “fácil”, falar a verdade é árduo, o sujeito se pergunta: “- Mais vale uma mentira bem montada? Será um plano vencedor!”, ainda mais quando não questionam o que foi arquitetado, mas a questão é que enganando alguém ou não, a falsidade sempre constrói “aquele castelinho de areia, feio e sem cor”, a pessoa já acha que não precisa pedir desculpas, afinal acredita ter razão, a mentira já criou vida, já é real pra pessoa. A verdade virou mentira, ou delírio. Ironia?
Ah, mas é desta forma que imagino que existem tantos fantasmas pelejando por ai, inconformados nesta terra, vivendo ilusões, como existem pessoas se recusando a vida, vivendo do vago oco da insignificância, ai me volta àquela frase de Oscar Wilde: “Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe”, e como é tão certo. Viver é aprender com os erros, mentir é como fechar um livro e esperar o conhecimento por osmose.
Ultimamente confesso que pela visão metafórica, com essas analogias, estou começando a acreditar em todo tipo de mitologia e crença.
Um exemplo certo, e que sempre vejo são as pessoas “Mula sem cabeça”, são aquelas que usam desculpas sem fundamento, argumentos que não fazem sentido algum, às vezes até chegam a assustar, tem também as pessoas “lobo-mau”, chegam de mansinho com toda aquela conversa peluda ou cabeluda, mas na verdade é sempre agressiva, a critério de ataque (vejo um monte principalmente no senado), e tem também as pessoas “Curupira”, são aquelas que dizem uma coisa, mas na verdade está pensando totalmente ao contrário.
Resumindo, estamos vivendo na verdade um grande mito, pra esconder os nossos defeitos, por outro lado, também não tem nada fora do normal, afinal sempre desconfiei que os humanos fossem uma espécie de aberração.
(Gustavo Pitwak)

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Primeiras e terceiras intenções

Posted by Gustavo Pitwak on 10:44
Assistindo um pouco de tudo na televisão, intercalando canais sem nenhuma opção, lendo as reportagens criminais, políticas e demais impressões feitas para um resumo semanal, no final me dá um calafrio, chego a perder a noção e o resto de ideologia, que me resta.
Tudo bem que estamos com certa “urticária social”, fiquei pensativo outro dia, um senhor de idade me abordou de maneira apavorada, dizendo precisar de ajuda, pedindo carona para levá-lo até a zona rural, em razão de seu filho, um dependente químico, tê-lo esquecido na cidade.
Por mais explicito que o velho senhor tenha sido, a minha ajuda não passou de moedas, fiquei confuso, entre o remorso e o alivio, de não ter acreditado, e outra de ter se livrado talvez de um problema maior. Em outro dia, fiquei aflito em ver uma senhora carregando várias sacolas de mercado, juro pensei em ajudar, mas algo me dizia que ela recusaria, ela desconfiaria da minha bondade, ainda mais em São Paulo, onde se fica temeroso, vivendo em um berço criminal.
Muitos dos meus amigos já foram assaltados de maneiras inesperadas, mendigos, senhoras, meninas, meninos, carteiros, até mesmo extorsão de policiais, agente anda desconfiando do próximo, a gente fica mesmo com flores e facas na mão.
Dizem para “amar o próximo como a si mesmo”, talvez esse seja o problema, o homem moderno não se entende, não se ama, tão mais complexo para ele amar o próximo. Não? Estamos sem tempo para nós, quem dirá para os outros, mas também não é precisamente necessário ficar atravessando velhinhas na rua.
Vivemos andando no escuro, com a corda bamba, dançando pagode, samba, e equilibrando uma pilha de contas, num dia-dia corrido e sofrido. Pergunto-me quando vamos parar com essa velocidade, puxar de vez o freio de mão, andar um pouco na contramão, ligar um pouco o som, deixar o sol entrar, o suor descer pro frio dentro derreter, a gente percebe isso pelas famílias que não se reúnem mais, apenas em datas extra-especiais, os amigos e namoradas se encontrando pela internet, em papos vazios, sem calor, uma presença ausente, o mundo inteiro conectado e por isso tão separado, uma mentira sutil e sincera, uma realidade intangível, o carinho das mãos amigas se acabaram, a vizinhança, as gargalhadas de crianças brincando na rua se esgotaram, fechados em condomínios e apartamentos separados.
Talvez no próximo século a gente termine de transformar essa sociedade, mas enquanto o futuro não chega, nós ficamos com os pés no passado, com certo orgulho tradicionalista, que reprime o agora, atravancando a novas ideologias, mesmo nesse infinito universo de tecnologias que vem surgindo, as cabeças congeladas no passado parecem descongelar aos poucos, mas a grande chance está na juventude.
Uma vez um senhor carrancudo me disse: “- A juventude de agora é tão ignorante que se esquece do passado, e se joga no futuro”, eu então lhe perguntei, desviando o assunto se ainda tinha ouvido falar da tecnologia “Blue Ray”, o senhor me indagou: “- Urubu Rei?”, neste momento não saiu da minha cabeça que, muitos respeitáveis senhores ainda se afogam no passado, pra não respirar o futuro. (Gustavo Pitwak)

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Finalmente nascendo

Posted by Gustavo Pitwak on 08:27

Escrever sobre coisas que andam conspirando, e pensar um tanto, porém esperar muito, enquanto se recebe pouco, é como lamber o final de um copo de orgulho, é o que existe entre esse vão do anonimato, mas a gente sempre acaba voltando ao normal, respirando um pouco aliviado, com a liberdade que ainda resta.
Se você sabe tão pouco, o quão pode ser feliz, a inteligência estressa, a mediocridade empaca, a burrice ri, enquanto a loucura deprava.
Mas o vicio da sapiência invade a mente, quer colocar “caramiolas” na cabeça, refletir cada tom, censurar mesmo que um pequeno som. Não são apenas os livros que caracterizam o estudioso. Muitos cientistas se basearam apenas no que viam e no que sentiam ou imaginavam, o próprio Einstein dizia, “A imaginação é mais importante que o conhecimento.”
A vida é um experimento com dias contados, do dia em que nascemos estamos perdendo tempo de experiência, isso quando não o fazemos. E um tanto complexo viver, imaginar é bom, viver uma imaginação pode ser uma eutanásia da alma, ao mesmo tempo em que o individuo que vive na extrema realidade, se priva da arte de sonhar, que dá sentido a tudo, é o porque e para que vivemos.
Faz algum tempo, havia um professor que me dizia que a sociedade crítica ainda viria, pra levantar suspeitas sobre toda essa hipocrisia global, que há tempos nos vem embalsamando de mentiras, um grande fetiche sem sonho, a mesma sociedade que está sempre num réveillon qualquer, comemorando com taças de cristal regadas de champanhe, com brindes e orações de paz, roupas brancas, altruísmo intangível em promessas de um ano melhor, mensagens de amor soando no ar, por todos os lados, como se tivesse algum sentido, pelo menos até a festa terminar, em um porre de uísque importado na cabeça de um burguês abandonado.
Não faz bem a saúde tentar enxergar a malicia, não faz bem guardar o rancor, vale à pena explodir a raiva pra fora, aproveita pra explodir o amor, explodir os sentimentos. Explodir os pensamentos, não faz mal dizer bom dia, não faz mal engolir os erros junto com o orgulho.
Existe um problema com a sociedade em aceitar a sua parcela de culpa, e para isso é mais cúmulo, encostar-se a uma ideologia capitalista, pra não ver que nem todo morador de rua é assim porque prefere. Nem todas as mulheres ou homens se prostituem porque gostam da profissão.
Algumas pessoas me disseram que não ajudam moradores de rua, pelo argumento de dúvida, “- Onde ira gastar?”, “- É um velho bêbado”, ou um argumento mais ridículo ainda “-Ele não estudou porque não quis”, o que deve existir é chance para todos, e mesmo com pouco se faz muito, de repente a esmola de dez centavos de três pessoas, possa ser um pão, uma simples refeição, ou mais um dia de vida, é da simplicidade de pensamento que vem a grandeza de caráter, é o caráter que faz o homem, e este que faz a sociedade, se a sociedade vai mal, é explicitamente uma coletiva falta de caráter.
O ser humano mesmo em sua individualidade tem o dom de dar a vida, não estou falando de “sexo e reprodução”, algumas pessoas aos quarenta ainda não vivem, talvez se inspirando em democracia, assim como a morte, que vem para todos.
Evoluímos mais de mil anos em tecnologia, criamos milhões de máquinas, regredimos tanto em ideologia, para tanto, tantas baixas, uma guerra irracional no submundo, e todos os dias.
A questão não é julgar algum nicho social, um ponto geográfico, brincando de “batata quente”, mas reconhecer que se um “mundo melhor” é feito com a união, vamos parar de ficar “lavando as mãos”, fazendo planos pro próximo ano, esperando sempre dos outros, em um futuro que nunca vem. (Gustavo Pitwak)

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Vida, o diretor

Posted by Gustavo Pitwak on 18:14
Dizem que a vida imita a arte, e confesso que essa frase nunca fez tanto sentido pra mim como agora, nunca teve uma situação, e um ambiente tão propicio para que ela ecoasse na minha cabeça dessa forma.
O dia estava com nuvens carregadas, e logo de tarde começou a chover, se prolongando até o cair da madrugada, a grama já estava suculenta de tanta água, não se ouvia nada, a não serem as grandes gotas da chuva se espatifar no chão em uma nota só, porém, com certa harmonia, como um concerto da natureza, ressaltando como pequenas coisas juntas podem formar uma grande orquestra.
Uma pessoa mesmo só, pode transformar-se na arte de um monólogo, um deficiente pode viver um drama, podemos viver em suspense, ou até mesmo aos mais pessimistas, podemos estar inteiramente vivendo em um terror, talvez poucos desbravem a vida como uma ação, aquela que exala adrenalina eplo corpo, quantas poucas crianças no mundo deliciam uma comédia.
Não importa a situação que se viva, todas elas se confrontam entre si, ou seja, a vida em qualquer aspecto desses, não deixou, não deixa e nem deixara de ser arte.
Por mais que fiquemos assombrados com as falcatruas políticas e roubalheiras dignas de um filme policial, nós ainda tiramos tempo para ver a comédia de toda essa farsa.
Quem vive no fanatismo religioso, e criando guerras infinitas, movendo nações para um modelo de ação sangrenta, e não imaginam o quanto é o terror dos dilacerados, e o drama das famílias que os perdem, tudo em vão de uma distorção ideológica, e nem imaginam ao menos, o suspense no coração de quem assiste aos massacres, mesmo que pela TV.
A vida se entrelaça, comanda a apresentação, a peça, e o show, escolhe os cenários, e minuciosamente cada detalhe, que vão dando cor e forma a nossa história, a vida é realmente um excêntrico diretor, ele pode de repente alterar os personagens, mudar o roteiro, ou excluir até mesmo os mais queridos personagens e protagonistas, e ainda pode ter dom de colocar ou tirar a luz do nosso palco. Enfim não importa como é o roteiro, a vida como um diretor sempre conclui a sua obra, e a nós resta-nos fazer a melhor e única apresentação, é uma triste e linda condição.
(GustavoPitwak)